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Homenagem da Semana – Glória Perez


A Autora de “Salve Jorge”
Glória Maria Rebelo Ferrante Perez (Rio Branco, 25 de setembro de 1948) 
        Faltando uma semana para o final de Salve Jorge uma das novelas mais  comentadas do horário nobre dos últimos tempos, Glória Perez pretende fechar sua trilogia de viagens a países distantes iniciada em O Clone ( de 2001 que tinha Marrocos  como pano de fundo) e Caminho das Índias (de 2009 que nos apresentou a exótica Índia). 

        Aquela história de “falem mal ou falem bem,  mas falem de mim” se aplica muito bem a trama de Salve Jorge. Quem gosta acompanha ansioso cada nova peripécia de Morena (Nanda Costa), Helô (Giovanna Antonelli), Wanda (Totia Meirelles) , Livia Marine (Claudia Raia) e cia, quem não gosta assiste só para criticar, ou seja o Brasil inteiro  para para ver ou dizer que não vai mais ver Salve Jorge.
Salve Jorge
Foto : noticias.gospelmais.com.br
        Confesso que gosto da trama (Não me apedrejem por isso, e nem me entregue para a Wanda me traficar) , mas  óbvio  fico indignado com os erros de continuidade e os “vôos” inacreditáveis que a autora costuma  dar dentro da novela. Até hoje não engoli o assassinato da Raquel (Ana Beatriz Nogueira) dentro de um elevador de um prédio lotado e ninguém  ter visto nada. Mas no conjunto a obra deu seu recado. Principalmente na parte  social, abrindo os olhos dos brasileiros e autoridades para o tráfico humano, e é exatamente esse lado do apelo social que me faz ser fã incondicional de Glória Perez , uma perita em escrever nesse campo.
Foto : colunistas.ig.com.br
        Lembro-me que nunca havia ouvido falar em inseminação artificial ou mãe de aluguel antes de assistir Barriga de Aluguel , sucesso da autora em 1990. E o pulo de doações de coração que hospitais  registraram quando  que ela escreveu sobre transplante do órgão em  De Corpo e Alma (1992). O  perigo e consequência do uso de drogas tão bem mostrada de maneira dura e real em O Clone (2001)  ou a travessia clandestina  para os Estados Unidos que matou tantos brasileiros e a deficiência visual  mostrados em  América (2005)  e em Caminho das Índias (2009) o drama de pessoas que sofrem de esquizofrenia,  tidas simplesmente como loucas , quando na verdade podem muito bem viver entre a sociedade se forem detectadas e tratadas da maneira correta.
        Essa contribuição que a autora nos deu através de suas novelas deve ser lembrada sempre, tratar de assuntos tão polêmicos em um veículo de entretenimento de uma maneira que se faça entender não é para qualquer profissional não, tem que ter um talento nato , e  isso a autora tem de sobra.
Foto : eunanet.net
        Nascida em 1948, em Rio Branco, no Acre, filha do advogado Miguel Jerônimo Ferrante e da professora Maria Augusta Rebelo Ferrante. Sua mãe, por sua vez, foi filha de piauiense com cearense, e seu pai filho de italianos. Eles nasceram e foram criados em Rio Branco. 
        Glória Perez  cresceu em meio a floresta, nadava em rios, brincava em árvores e teve uma infância feliz, já que Rio Branco era um pequeno território tranquilo, em que predominava a natureza. Desde essa época adorava escrever e imaginar. Morou em sua cidade natal até 15 anos, porém queria terminar os estudos, e no Acre só existia o ginásio, que Glória já havia terminado. A mãe de Glória queria se mudar para o Rio de Janeiro, mas seu pai preferiu ir para Brasília, por ser uma cidade calma, como Rio Branco. Em 1963 chegaram a recém capital do Brasil.  Em Brasília, Glória cursou o colegial, e sonhava em fazer faculdade de História. Passou no vestibular da Universidade de Brasília, mas lá não tinha o curso de História, o que deixou Glória decepcionada, tendo que estudar outra profissão com a qual simpatizava: Direito. Cursou Direito até 1968, quando a universidade foi invadida por militares. Aliada ainda a seu desejo de ser historiadora, e com a invasão no prédio ainda perdurando, desistiu então da carreira de advogada. A Autora só conseguiu se formar  como historiadora depois de casada  e de ter seus três filhos : Daniela Ferrante Perez, nascida em 11 de agosto de 1970, Rodrigo Ferrante Perez, nascido em 28 de novembro de 1972 e Rafael Ferrante Perez, nascido em 19 de março de 1977.

        A Carreira como autora iniciou-se em 1983 quando escreveu em parceira com Janete Clair , quem considera sua mestre , a novela Eu Prometo. A novela acabou sendo o último trabalho de Janete Clair, que morreu em 16  de novembro de 1983, deixando Glória para finalizar a história do político Lucas Cantomaia (Francisco Cuoco). Antes de Eu Prometo , Glória havia escrito um episódio para o seriado Malu Mulher (1980).
Eu prometo
Francisco Cuoco com Dina Sfat , Malu Mader , Fernanda Torres e Julia Lemmertz
Foto : teledossie.com.br
        Em 1984 Glória ingressa em outra parceria, que mais uma vez acabaria se desfazendo antes do final da novela. Com Aguinaldo Silva escreveu Partido Alto , mas a falta de sintonia entre eles ficou clara logo nos primeiros capítulos. Glória acabou escrevendo a trama sozinha até o final.
Partido alto
Gloria Pires, Cláudio Marzo e Elizabeth Savalla
Foto : culturamix.com
        Em 1987 a autora fecha contrato com a Rede Manchete  e escreveu para a emissora a história de Carmem , uma moça do subúrbio que fazia um pacto com a pomba gira em troca de poder de sedução  sobre os homens. A Trama apesar da pouca repercussão, na verdade o maior alarde foi Lucélia Santos como protagonista, deixando a Globo depois de 10 anos; Glória mostrou que tinha fôlego para escrever e segurar uma trama como autora principal. Assim em 1990 a autora volta a Globo com a minissérie Desejo  uma das mais belas  apresentadas até então, onde a autora contou todos os antecedentes sobre a crime que vitimou o escritor Euclydes da Cunha e chocou o país.
Carmem
Lucelia Santos como CARMEM
Foto : edemanchete.net
        Mas foi em agosto de 1990 , quando Barriga de Aluguel entrou no ar que Glória Perez nos apresentou seu melhor trabalho na tv, e o primeiro no estilo da autora, mesclando avanços da ciência, apelo social e muito , mais muito folhetim. O que poucos sabem é que a novela estava engavetada na Globo desde 1985, a alta cúpula achava um certo de “exagero”  científico  um bebê ser gerado na barriga de outra mulher que não sua progenitora. Mas a novela calou a boca de muita gente dentro da emissora, se tornou um grande sucesso de crítica e de audiência no horário , consagrou Cláudia Abreu  a mãe de aluguel,  e consolidou as mocinhas da autora, sempre mulheres dúbias, nem tão “mocinhas” assim. A Novela teve 243 capítulos e nenhuma “barriga” . Nas tramas paralelas , destaque para Aída da Renee de Vielmond que se ver grávida do marido de sua filha, depois de se apaixonar por ele, mas em nome da filha abre mão de Tadeu (Jairo Mattos). Tadeu era o galã da história, e tal qual o Théo fez o que quis da Clara , e  depois  de se envolver sem se apaixonar com várias personagens da trama, quando realmente entregou seu coração a Aída provou do mesmo veneno : A Rejeição !
Barriga de aluguel
Cassia Kis Magro , Victor Fasano e Cláudia Abreu
Foto : novelasdaglobo.com

        Glória Perez logo foi catapultado ao posto dos grandes autores globais e  escreveu sua primeira novela solo em horário nobre De Corpo e Alma. A trama contou a história de Paloma (Cristiana Oliveira , que vinha do sucesso de Pantanal na Manchete) , que sofria um transplante de coração, coração esse doado pela família de Betina (Bruna Lombardi), a grande paixão do juiz Diogo (Tarcísio Meira). Diogo  que ao saber da morte da amante se sente culpado por não ter tido coragem de abandonar a família por ela, decide procurar Paloma , ao saber que ela carrega em seu peito o coração de sua amada. A Novela acabou tendo maior repercussão infelizmente por um fato trágico.  Daniela Perez, filha da autora que fazia a personagem Yasmin  foi assassinada pelo colega de trabalho Guilherme de Pádua. O Crime chocou o país, mas mesmo assim Glória fez questão de terminar de escrever a trama.
De corpo e alma

        Na sequencia Glória colecionou sucessos ao mostrar o mundo das redes sociais através da internet e a cultura dos ciganos em Explode Coração (1995). Na trama a cigana Dara (Tereza Sseiblitz) apaixona-se pelo empresário e político Julio Falcão (Edson Celulari), e essa paixão desencadeia todos os acontecimentos da trama. Explode Coração desenvolveu uma importante campanha de utilidade pública , o drama das “Mães da Cinelândia” . Mulheres que tiveram seus filhos perdidos e que apareciam no final de cada capítulo da trama dando mensagens de fé e esperança com a foto do filho nas mãos. No capítulo que foi ao ar em 09.03.1996  uma criança mostrada  desaparecida há 10 anos foi encontrada   6 dias depois .


Tereza Seiblitz , Maria Luiza Mendonça e Edson Celulari em EXPLODE CORAÇÃO
Foto : zappiando.wordpress.com


        Em 1998 Glória Perez resolveu dar um tempo em suas histórias originais, e adaptou o romance Hilda Furacão do Roberto Drumond para a Tv , marcando a estreia de Ana Paula Arósio no personagem título na Globo. No mesmo ano ela escreveu o remake de Pecado Capital para o horário das seis, baseado no original  da Janete Clair de 1975.
Hilda furacão Pecado capital (1998)

        Em 2001 ela volta ao horário e arrebata o Brasil com a história de amor de Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benício) em O Clone. A trama foi a primeira da autora a ingressar em países distantes mostrando costumes e tradições tão diferentes dos nossos. A Novela consagrou Murilo Benício na pele dos gêmeos Lucas e Diogo e o Clone Léo; Giovanna Antonelli com a inesquecível Jade e Débora Falabella que interpretou a Mel , a personagem  que no decorrer da trama se envolveu com drogas e através dela Glória Perez tocou no assunto que era tabu até então.  A novela ganhou praticamente todos os prêmios brasileiros relacionados à TV :
Foto : shoujo-cafe.com


·         Prêmio INTE - melhor novela
·         Prêmio INTE - melhor autora
·         Prêmio Qualidade Brasil RJ - melhor novela
·         Prêmio Qualidade Brasil RJ - melhor autora
·         TV Press - melhor autora
·         TV Press - melhor novela
·         Prêmio Contigo - melhor novela
·         Prêmio Contigo - melhor autora
·         Troféu Imprensa - melhor novela: O Clone
·         Troféu Internet (SBT) - melhor novela: O Clone


        Em América (2005) a autora contou o sonho dos brasileiros de conquistar  a  “América” através da personagem Sol vivida pela Déborah Secco, e mais uma vez nos mostrou um painel de personagens inesquecíveis. Entre eles Jatobá (Marcos Frota) e Maria Flor (Bruna Marquezine) que mostraram para o Brasil as dificuldades dos deficientes visuais.
Foto : mp3mp4mp5players.net


        Baseada em obras como a Terra Caída de José Potyguara da Silva e Frota e O Seringal de Miguel Ferrante , Glória desenvolveu a minissérie Amazônia de Galvez a Chico Mendes  (2007) que contou a história de formação do  Acre seu estado de origem.
Foto : es.quebarato.com.br


        De volta às novelas em 2009, Glória nos mostrou mais uma viagem a uma realidade distante, desta vez em Caminho das Índias a autora nos mostrou todos os encantos da Índia. A novela consagrou Juliana Paes na pele da Indiana Maya. A Novela além de ganhar o EMMY Internacional como melhor novela , abocanhou vários outros prêmios brasileiros :
Caminho das Índias


Marcia Garcia, Juliana Paes e Rodrigo Lombardi
Foto : ovelaseminisseriespararecordar.blogspot.com

·         Prêmio Qualidade Brasil - melhor novela
·         Prêmio Qualidade Brasil - melhor autora
·         Prêmio Extra de Televisão - melhor novela
·         Poptevê - melhor novela
·         TV Press - melhor novela
·         Prêmio Contigo - melhor novela
·         Prêmio Contigo - melhor autora
·         Troféu Imprensa - melhor novela
·         Troféu Internet (SBT) - melhor novela

        Glória mesmo totalmente envolvida com a novela Salve Jorge , no final de 2012 ainda supervisionou o texto de O Canto da Sereia   minissérie que foi ao ar na primeira semana de 2013 de autoria de George Moura , Patrícia Andrade e Sérgio Goldberg  com Ísis Valverde no papel título.


Foto : baixartorrent.net


        Apesar do sucesso absoluto de suas tramas, algumas são consideradas controvérsias da realidade, principalmente a trilogia formada por O Clone (2001), Caminho das Índias(2009) e a atual Salve Jorge ,  que são acusados pela  crítica especializada  de mostrarem uma realidade deturpada e estereotipada dos países  e religiões  onde as tramas se passaram.
        Certo mesmo é que nem Deus agradou a todos, e ninguém agrada a Gregos e Troianos , e não seria Gloria Perez a conseguir esse feito.
        Mas seu talento em nos encantar com suas histórias isso é inquestionável, seu profissionalismo então nem se fala. Sou ainda mais fã da pessoa Glória Perez, uma mulher que fez da sua dor uma luta por novas leis mais fortes contra pessoas que cometeram crimes hediondos, quando ocorreu o assassinato de sua filha.  Ao invés de cair  se perguntando porque com ela, engoliu o choro e foi a luta. A Autora em 2002 perdeu outro filho quase 10 anos depois da morte de Daniela,  vítima de infecção intestinal generalizada.  

        Ou seja , Glória Perez é uma fênix, renasce das cinzas com ainda mais força e talento para mostrar.

        Valeu Glória Perez pelos voos em Salve Jorge e que venha seu próximo trabalho !


Foto : 

Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa  : Teledramaturgia.com.br e Wikipédia.com

       


       

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