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Meus Personagens Favoritos do Lauro Corona


        O Post de hoje vai falar de um dos galãs de maior destaque  do final da década de 70 e anos 80, Lauro Corona.
        O ator foi na época o que hoje  é um Bruno Gagliasso  ou Cauã Reymond, devido o grande sucesso que fez logo que estreou em sua primeira novela no final da década de 70. Premiado e elogiado pela crítica, o ator logo  foi para o cinema e até arriscou gravar um disco  para os fãs que aclamavam cada novo trabalho do ator.
        Considerado um dos homens mais bonitos da sua época, com um sorriso e  olhos azuis inconfundíveis, Lauro Corona foi o primeiro artista nacional a morrer vítimas de problemas decorrentes do vírus da AIDS. A família do ator nunca declarou oficialmente que o ator morrera de AIDS, doença considerada uma sentença de morte na época, e não autorizou o Hospital São Vicente, onde o ator ficou internado por 9 dias antes de falecer, de divulgar qualquer informação sobre Lauro. Sua morte em 1989 aos 32 anos, quando protagonizava a novela Vida Nova, na Globo causou um clamor nacional e seu rosto estampou todas as capas de revistas daquela semana.
        Querido entre os colegas de elenco, sua amizade com Glória Pires, atriz que trabalhou nos seus mais importantes trabalhos ,  era muito divulgada pela imprensa. 
        O Ator ficou conhecido como o “galã das seis” , depois de protagonizar algumas novelas no horário, mas no post homenagem a esse grande ator veremos que Lauro Corona foi muito mais do que um galã de tv, foi um grande ator da sua geração que não teve muito tempo para nos mostrar ainda mais talento em cena.

Beto de Dancin´Days (1978)

        O imaturo e irresponsável Beto da novela Dancin´Days , grande sucesso do horário nobre do autor Gilberto Braga, foi o primeiro personagem do Lauro em novelas. O Ator havia feito antes uma participação no caso especial Ciranda, Cirandinha em 1977. O Beto foi um grande sucesso junto ao público jovem com suas aventuras amorosas na trama com Verinha e Marisa, as personagens da Lídia Brondi e Glória Pires. Pelo personagem o ator foi agraciado com o troféu da APCA de destaque do ano  ,   transformado em um grande astro teen e promissor ator da sua geração. Ao lado de Glória Pires, que já em Dancin´Days era a “Glória Pires” que conhecemos hoje com um talento que transbordava, Lauro Corona  foi impecável e começou a escrever um bela carreira na tv.

Marcelo de Marina (1980)

        Em 1980, Lauro Corona já ganhou seu primeiro protagonista, o Marcelo da novela Marina, do Wilson Aguiar Filho, baseado no romance Marina, Marina do Carlos Heitor Cony. A novela não chegou a ser um grande sucesso, mas chamou atenção a química entre Denise Dumont, a estrela da trama e Lauro Corona que vivia seu par romântico.

Caê de Baila Comigo (1981)

        Na trama de Baila Comigo, Lauro Corona e Lídia Brondi voltaram a trabalhar juntos, deste vez vivendo os irmãos Caê e Mira Maia. Na trama do autor Manoel Carlos, Caê era melhor amigo de Quinzinho, um dos gêmeos vividos por Tony Ramos, e no decorrer da novela acaba se apaixonando por Débora,  a personagem da Beth Goulart.

Gil de Elas por Elas (1982)

        Em 1982, Lauro Corona viveu um dos personagens importantes da trama de Elas por Elas, do autor Cassiano Gabus Mendes.  Filho de Helena (Aracy Balanian) e Jayme (Carlos Zara) – é o que todos supõem. Mas, na verdade, é filho de Adriana (Ester Góes). Rapaz muito bom, ele estuda e se prepara para assumir a sua posição de herdeiro da fortuna do avô, Dr. Miguel (Mário Lago). Tem um ótimo relacionamento com o pai e o avô e começa a se cansar da interferência da mãe em sua vida. Conhece Mirian (Tássia Camargo), por quem se apaixona, criando um conflito dentro família.

Rafael de Corpo a Corpo  (1984)

        Na trama de Corpo a Corpo, do autor Gilberto Braga, Lauro deu vida ao simplório e sonhador Rafael Motta. Filho de Guiomar (Eloisa Mafalda), teve que abrir mão de seus sonhos com poesia e arte para trabalhar com um salário fixo  com o intuito de ajudar a mãe. No início da trama tem um romance com Ângela, a personagem da Andrea Beltrão e no decorrer da novela apaixona-se por Beatriz, a personagem vivida pela Malu Mader.

Mariano de Memórias de Um Gigolô (1986)

        Em 1986, Lauro Corona foi aclamado pela crítica por seu impecável desempenho como Mariano, o protagonista de Memórias de Um Gigolô, dos autores Walther George Durst e Marcos Rey. O personagem é tido como primeiro mais adulto vivido pelo ator, que em parceria com Ney Latorraca e Bruna Lombardi foi o ponto forte da minissérie.

Adriano Montserrat de Direito de Amar (1987)

        Em 1987, sem dúvidas o ator viveu um dos mais marcantes personagens seus em novelas. Na pele do Adriano de Montserrat, da novela Direito de Amar, do autor Walther Negrão,  Lauro Corona encantou o público no horário da seis vivendo com Glória Pires,  um dos casais mais românticos da história da teledramaturgia nacional. O Ator atingiu em Direito de Amar o patamar de grande astro global e mostrava a serenidade do seu trabalho. Foi o Adriano também que fez  com que o ator fosse  batizado de “O Galã das seis”.

Manoel Victor de Vida Nova (1988)

        Logo depois do término de Direito de Amar, Lauro Corona voltou ao horário das seis naquela que seria sua  última novela. Em Vida Nova, trama do autor Benedito Ruy Barbosa, ele deu vida Manuel Victor, português recém-chegado ao Brasil. É um aventureiro, que vendeu tudo o que herdou dos pais e veio para o Brasil tentar a vida. É bem falante e inteligente, formado em uma das melhores universidades de Coimbra. Na viagem, conhece e se apaixona pela jovem Ruth (Deborah Evelyn). Só que ela é judia, e o amor dos dois se torna impossível. O Romance do casal renderia um bom entrecho para Vida Nova, mas infelizmente Lauro teve que se afastar da novela por problemas de saúde. Apesar de nunca ter sido confirmado por sua família,  o ator  começou a sentir os sintomas do vírus da AIDS, e muito debilitado não teve condições de continuar na trama. O ator viria a falecer em julho de 1989. A Cena de despedida  na trama foi marcante. Na história, Manoel Victor volta para Portugal, num carro  escuro, numa noite de chuva, ao som de um poema de Fernando Pessoa, declamado em off pelo ator.

Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa

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